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ARTIS 2022 : ARTIS - Revista de História da Arte e Ciências do Património #10 | |||||||||||||
Link: http://www.artis.letras.ulisboa.pt/en/publicacao_a2,10,122,108,lista.aspx | |||||||||||||
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Call For Papers | |||||||||||||
A descoberta do processo fotográfico, no segundo quartel de oitocentos, veio revolucionar o Mundo e, em particular, o Mundo da Arte.
As implicações na produção artística foram enormes, sobretudo na pintura. Depois da oposição entre pintura e fotografia, entre artistas e técnicos, que marcou a segunda metade do século XIX, a colaboração entre si permitiu a evolução de ambas as técnicas, e até a sua coexistência, como sucede, por exemplo, na obra de Helena Almeida. No entanto, para o Mundo da Arte, o aparecimento e a consagração da fotografia não trouxe apenas implicações na criação artística e nas suas técnicas. Trouxe, e muitas, na área da reprodução imagética das obras de arte. Através da imagem fotográfica a Humanidade passou a usufruir da possibilidade de ter acesso, à distância, ao conhecimento e visualização das obras de arte. A fotografia, “a primeira técnica de reprodução verdadeiramente revolucionária”, nas palavras de Walter Benjamin, torna-se, pois, um veículo potenciador das obras de arte, no sentido dos desafios de conhecimento lançados pela sua larga difusão em catálogos, em livros, em exposições. A mediação fotográfica amplia, assim, o valor de exibição das obras de arte através da sua reprodução técnica, ultrapassando estas as fronteiras dos museus e galerias, das igrejas e palácios, dos países e continentes. Sendo a arte, essencialmente, imagem, a expansão do processo fotográfico e a possibilidade desta poder circular rápida e livremente teve como consequência a divulgação e a globalização das obras de arte. As fotografias transformaram-se, assim, num poderosíssimo veículo de transmissão de imagens de obras de arte permitindo, através delas, a rápida difusão do conhecimento, da investigação, do estudo e, até, da comercialização tanto das obras de arte, como das próprias imagens. Refira-se o exemplo da empresa mais antiga do mundo a trabalhar na área da fotografia, a florentina Fratelli Alinari, fundada em 1852 e ainda em atividade, como a prova mais do que provada da importância da comunicação através da imagem fotográfica, seja ela um daguerreótipo, um negativo em placa de vidro ou uma moderna fotografia digital. Diante da amplitude e da pertinência do tema, convidam-se os autores a apresentar os resultados da sua investigação sobre tópicos como: - fotógrafos e casas fotográficas ligados ao Mundo da Arte; - parcerias entre fotógrafos e historiadores da arte; - arquivos fotográficos de arte; - fotografia e cripto-história da arte; - fotografia e inventário artístico; - fotografia e turismo cultural; - fotografia e mercado da arte; - fotografia e restauro de monumentos e de obras de arte; - fotografia e laboratório: estudo e valorização do património histórico-artístico. Outros tópicos propostos pelos autores poderão ser considerados pela Comissão Científica da ARTIS - Revista de História da Arte e Ciências do Património, desde que devidamente integrados no âmbito temático do presente número da revista. O período de chamada de artigos encontra-se aberto até dia 15 de junho de 2022. Os artigos deverão seguir as normas disponíveis no seguinte endereço: http://www.artis.letras.ulisboa.pt/publicacao_a2%2C10%2C122%2C742%2Cdetalhe.aspx Dentro do mesmo prazo, serão também aceites pequenos artigos destinados à secção Varia, que não terão que se subordinar ao tema central da revista. Todos os materiais devem ser enviados para os seguintes endereços eletrónicos: revistas.artis@letras.ulisboa.pt e csoares1@campus.ul.pt Até 30 de julho serão comunicados os resultados das arbitragens |
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